Minha vida seguia mórbida nos trilhos,
A paisagem me distraia, quando
Um vento suave me encontrou
Meu cabelo pelo ar foi espalhando,
E teu nome em meu ouvido sussurrou.
Vento insistente que não me deixa quieta,
Me arranca murmúrios de empolgação.
Ouvindo uma musica que só eu sei
Me agita, e faz descarrilar meu coração,
Aumentando a sede daquele beijo que ganhei.
Vento que leva a tristeza embora,
E deixa no ar o cheiro de um bem-querer.
Me faz o toque de suas mãos sentir,
Procurando em meu cabelo se esconder,
Num carinho doce que me faz sorrir.
Esse vento que apareceu de repente,
Veio provocando arrepios em mim,
Achou guardado, seu gosto em meu paladar.
Sem falar na marca de batom carmim,
Que ficou em sua boca depois da gente
se
beijar.
Esse vento brinca no jardim,
Onde agora nosso banco vazio deve estar,
Solitário, e inerte na chuva encharcado,
Depois de nosso encontro testemunhar
Numa tarde de céu nublado.
Vento que despertou preferência sem querer,
Entre tantas cores, quis o mel do teu
olhar.
Há tantas coisas que em ti observei...
Tem melodia nesse teu falar,
E suavidade na pele como nunca toquei.
Vento, agora que você veio não vai embora.
Fica mais um pouco comigo, pra eu não esquecer,
Daquele abraço forte antes de partir,
De um jeito que sinto teu coração bater,
Se ouvisse o meu, acharia que iria
explodir.
Vento, não leve minhas palavras agora.
Não mude a direção do seu olhar,
Eu quero me lembrar desse seu jeito,
Com musicas ou com um simples versar
Mesmo que o poeta não seja perfeito.
Vento, não misture minhas rimas,
Assopre pra longe a saudade.
Porque sem você por perto
Minha alegria é só vontade,
E só com você meu riso é certo.
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