O Tango, a Kizumba, e outras danças a dois envolvem seus espectadores com a exuberância de seus passos, assim é o amor. Tem a mesma necessidade de encaixe de corpos, e os passos precisam ser coordenados na mesma direção. Tem que existir confiança no parceiro, para executar os movimentos mais atraentes da dança, e no amor sem a confiança não se executa nada.
Tem muitas pessoas errando os passos da dança, pisando no pé e no coração dos parceiros. Tem gente achando que sabe dançar e cometendo erros que talvez até nem tenha percebido. Eu imagino que se o criador do amor, Deus, fosse se assentar na mesa do júri para assistir a valsa dos relacionamentos de hoje... Teríamos muitos reprovados, porque o homem tem mania de achar que já sabe amar e pronto. Mas se observarmos bem o amor hoje é confundido com o sexo, envolto em interesses, e infestado de egoísmo.
Achamos que amar é invadir o espaço do outro, e check math como num grande jogo de xadrez. Onde o amor próprio, a compaixão, a amizade, a honra, e o pudor são encurralados pelo ciúme ou pela má interpretação do amor.
Dançamos o amor, armados. Munidos de desculpas fajutas para justificar nossas falhas. Raramente paramos para aprender a amar. Nunca nos deixamos de lado um pouco, para dar atenção ao outro. Muitas vezes queremos resultados positivos no amor, mas só dividimos, nunca elevamos ao cubo. Deus precisa fazer parte dos relacionamentos. Afinal o amor não é só um arrepio físico, ele uma roupagem da alma.
O amor tem muitas formas e tipos, mas em todas as suas formas a humanidade tem se privado de aprender a executá-lo de forma correta. A fé é uma grande professora da existência, e para ela, amar é apenas doar-se sem requer algo em troca.
Mas e eu como fico. Vou amar sem ser amado?
Óbvio que não. Se todos aprendermos a amar, as pessoas se entregaram umas às outras em amor, e em troca receberam amor.
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