Eu já sabia onde iria dar,
Terminou antes do começo,
Bagunçou meu mundo
Inundou o meu olhar.
Serviu de tropeço
Destruiu-me em um segundo.
Foi como terremoto
No meu coração,
Arrasou minha existência,
Destelhou minha inspiração.
Rasguei aquela foto.
Decretei, estado de emergência...
Calamidade particular
Mantive em segredo
Minha ferida.
Tive medo...
De não aguentar,
Deus me livre de uma recaída.
Te amei demais,
Juro me entreguei,
Ceguei o amor
E me machuquei.
Não caio mais
Nesse conto de horror.
Não vai dizer que me ama,
Poupe-me de mentiras
Guarde para si a ironía
De como se trata uma dama.
Pois me deixaste em tiras
Envolta em complexa agônia.
Eu me ajeito como posso
Com o escombro
Do castelo que fiz
Para o amor nosso.
E contudo me assombo
Com o quanto te quis.
Te busquei em cada rosto
Perdido na rua.
Senti teu cheiro em mim,
Fiz poesia a luz da lua
Sobre o ardente gosto
de seus beijos.
Me recusei a passar pelo jardim
Que um dia me viu
De paixão estremecer,
Numa timidez repetida
Por um moço varonil
Que não consigo esquecer.
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